Academia Kimura afasta aluno que agrediu motoentregador em Natal

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) emitiu uma nota informando que está acompanhando o caso

A academia de jiu-jitsu Kimura afastou o aluno Victor Anderson Veríssimo de Oliveira, que agrediu um motoentregador em Natal no último sábado 15. Em nota publicada nas redes sociais, a academia afirmou que tem compromisso com um “ambiente respeitoso e seguro para todos” e não compactua com agressões. “Nosso espaço sempre prezou pela disciplina, ética e respeito mútuo”, declarou.

O caso ocorreu na Avenida Lima e Silva, em Lagoa Nova, Zona Sul de Natal. Vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram o lutador aplicando um golpe conhecido como mata-leão no motoentregador Jonny Davis Barbosa do Nascimento, após uma discussão sobre uma entrega.

Academia Kimura afastou aluno que agrediu motoentregador em Natal após discussão sobre entrega; caso gerou protesto e é investigado pela Polícia Civil. | Foto: Reprodução
A Polícia Civil do RN investiga o caso. Tanto o agressor quanto a vítima prestaram depoimento e assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal leve e injúria. O caso ficará a cargo da 5ª Delegacia de Polícia Civil.

Em entrevista ao Via Certa Natal, Jonny Davis contou que aceitou uma corrida para buscar e entregar uma encomenda, mas, ao chegar ao local, percebeu que a mercadoria era pesada e não caberia na bolsa de trabalho. Ele disse que não faria a entrega e pediu para o cliente cancelar a corrida, o que gerou a discussão e a agressão.

Motoentregadores fazem protesto em frente ao condomínio do agressor
Após a agressão, dezenas de motociclistas se reuniram em frente ao condomínio onde o lutador mora e protestaram. Parte dos manifestantes derrubou o portão do local. A Associação de Trabalhadores de Aplicativos por Moto e Bike Natal e Região Metropolitana RN (Atamb) acompanhou o entregador até a delegacia para registrar o caso.

Segundo o presidente da Atamb, Alexandre da Silva, o motoentregador aceitou uma corrida para buscar e entregar uma encomenda. Ao chegar no local combinado, ele percebeu que a mercadoria era muito pesada e não caberia na bolsa de trabalho.

O motociclista então informou ao cliente que não poderia realizar a entrega e sugeriu o cancelamento da corrida. A recusa do cliente em cancelar o serviço levou a uma discussão, que acabou resultando em agressão física.

IFRN emite nota sobre o caso

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) emitiu uma nota informando que está acompanhando o caso, já que o agressor é servidor da instituição. O IFRN afirmou que o caso será analisado pela Comissão de Ética, considerando que a conduta do servidor público, mesmo fora do exercício do cargo, integra-se à sua vida funcional.

Agora RN