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A declaração foi feita durante sua participação no II Seminário Estadual de Saneamento Ambiental do Rio Grande do Norte

Um dos principais especialistas em obras de engorda de praias no Brasil, o engenheiro Luís Parente afirmou que o período de adaptação da engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal pode levar de seis meses a um ano. A declaração foi feita durante sua participação no II Seminário Estadual de Saneamento Ambiental do Rio Grande do Norte, realizado na terça-feira (25).
O evento, promovido pela Mútua-RN e pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-RN), reuniu especialistas do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea-RN) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) para debater soluções técnicas para problemas como os recentes alagamentos na orla de Ponta Negra.
Parente, que foi responsável por projetos de contenção costeira em cidades como Fortaleza e Natal, incluindo o próprio enrocamento de Ponta Negra, minimizou as preocupações sobre os desafios enfrentados na orla potiguar. Segundo ele, dificuldades no período inicial da obra são comuns.
“Até que esse nível do mar, bater na areia, ele se transforme, distribua e torne aquilo natural, você leva de seis meses a um ano. E as pessoas com um mês, já querem tudo pronto. Quero tranquilizar, dizer que mesmo sendo um problema, é normal. Nós estamos mexendo com a natureza, e a natureza é imprevisível. Mostrei todos os projetos que foram feitos, e possíveis soluções que foram adotadas em outras praias que também fizeram o aterramento”, afirmou o especialista.
Cientista-chefe da Secretaria de Infraestrutura do Governo do Ceará, Parente destacou que as dificuldades enfrentadas na orla natalense são naturais e fazem parte do processo de adaptação, a qual aponta que é o principal desafio para a engorda. “Normalmente, logo depois do início, você tem um problema, que todos passaram, que é o problema de adaptação”, pontuou.
Seminário
O Seminário Estadual de Saneamento Ambiental do Rio Grande do Norte – “Desafios das Mudanças Climáticas e as Cidades Costeiras” ocorreu nesta terça-feira (25).
No evento, o Secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, realizou uma apresentação para tirar as dúvidas em relação à engorda da praia de Ponta Negra. Entre os diversos pontos abordados, esteve o potencial atual de utilização da faixa de areia.
“Antes da engorda, tínhamos um horário de uso restrito da faixa, devido ao aumento da maré, totalizando um tempo útil de aproximadamente seis horas por dia. Hoje, após o aterro, esse tempo útil é de 15 horas diárias” , ressaltou Mesquita.
Além disso, foram apresentados alguns dados da obra, pontos polêmicos e as grandes vantagens que a engorda trará para o município de Natal. Um dos pontos abordados foi o aumento na arrecadação de tributos, proporcionado pela obra. “Um ponto significativo é o aumento na arrecadação de ICMS. Segundo a Fecomércio, teremos um retorno de 70 milhões de reais somente no primeiro ano após a obra. Esses dados apenas enfatizam a viabilidade econômica dessa intervenção, gerando empregos e renda na praia, além da questão ambiental”, comentou o secretário.
Por fim, Mesquita falou que o evento é importante para esclarecer e acabar com qualquer dúvida ou desinformação sobre a obra. Segundo ele, o aterro hidráulico ocorreu exatamente como em outras obras semelhantes, que passaram por um período de adaptação.
Com informações da Tribuna do Norte
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