Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, passarão por revisão equipamentos e protocolos de segurança
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, adotou uma série de providências nesta quarta-feira (14) após a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, região do Oeste do Rio Grande do Norte.
Entre as medidas está a revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.
Policiais rodoviários federais também foram acionados para ajudar na recaptura dos presos por meio da realização de monitoramento nas rodovias.
Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com presídios de segurança máxima localizadas em Mossoró (RN), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).
Primeiras medidas
No início da tarde, autoridades do Ministério da Justiça viajaram para Mossoró. Além do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, também viajam o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona, e o diretor de Inteligência Penitenciária, Sandro Abel.
A previsão, segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), é de que seja criado um gabinete de crise com representantes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além do sistema de segurança estadual do Rio Grande do Norte.
Além de acionar grupos operacionais, o governo do Rio Grande do Norte também disponibilizou uma aeronave para auxiliar nas buscas – o presídio fica em uma área rural, a cerca de 15 quilômetros do centro de Mossoró.
Veja lista completa das providências adotadas por Ricardo Lewandowski:
Ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró. Ele estará acompanhado de uma equipe de seis servidores. O objetivo é investigar no local as causas da fuga e avaliar quais ações administrativas podem ser tomadas.
Abertura de investigações por parte da Polícia Federal. Envio de uma equipe de peritos da corporação ao local, para apurar responsabilidades e atuar na recaptura dos dois fugitivos.
Atuação das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, que unem as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborar com a busca pelos presos.
Determinação para que a Polícia Federal inclua os nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol.
Também ordenou a inclusão dos nomes no Sistema de Proteção de Fronteiras. O objetivo é que as buscas possam ser feitas também pela comunidade policial internacional.
Acionamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para monitoramento das rodovias em busca dos fugitivos.
Revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.
A fuga
Os dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho". A fuga foi nesta terça-feira (13).
Juntos, os dois têm mais de 80 processos judiciais no Tribunal de Justiça do Acre — estado de onde saíram transferidos para o Rio Grande do Norte — e somam 155 anos em condenações, de acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).
Os foragidos são ligados ao Comando Vermelho, de acordo com o Ministério da Justiça. A facção é a de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte confirmou durante a manhã desta quarta que recebeu solicitação de apoio para recaptura e "o apoio está sendo dado". A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte também informou que auxilia as operações de busca.
A Polícia Federal foi acionada para atuar na operação de recaptura dos fugitivos, e também para apurar a investigação das responsabilidades no episódio.
G1.
Faça Login ou Cadastre-se no site para comentar essa publicação.
0 Comentários