Câmara aprova campanha contra violência a mulheres motoristas em Natal

A campanha prevê material educativo nas escolas e blitzen de conscientização. Os dados serão encaminhados à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) para embasar políticas públicas.

A Câmara Municipal de Natal aprovou em primeira discussão o PL 380/2024, que cria campanha permanente de combate à violência contra mulheres no trânsito. O projeto do vereador Chagas Catarino (União) recebeu apoio unânime e segue para segunda votação. A proposta estabelece ações educativas para coibir assédio e agressões a motoristas mulheres.

“Esse projeto é mais do que uma proposta legislativa, é um clamor por igualdade e dignidade. Infelizmente, no trânsito, muitas mulheres enfrentam preconceitos baseados em ideias ultrapassadas. Que insistem em rotulá-las como menos habilidosas ao volante”, afirmou.

O parlamentar relatou ter presenciado uma agressão recentemente. “Somos testemunhas de casos de violência física e psicológica, em abordagem grotesca por outros condutores que, por machismo, acham que é mais do que a mulher, que não vai ser nunca. Semana passada, encontrei um violento na Praia dos Artistas. A mulher estava para estacionar e o cara tomou a vaga com violência”.

A proposta prevê ações educativas para conscientizar sobre direitos das mulheres motoristas. “Por mês, são seis denúncias de assédio em cima da mulher, no trabalho, nas escolas. É a nossa responsabilidade, como representante do povo, criar mecanismos que assegurem e protejam as mulheres, promovendo um trânsito mais justo e mais humano”, afirmou Chagas.

A vereadora Samanda Alves (PT), relatora na Comissão de Transportes, subscreveu o projeto: “Quero cumprimentar o vereador Chagas Catarino pela iniciativa”. Cleiton da Policlínica (PSDB) e Tony Henrique (PL) também apoiaram a proposta.

A campanha prevê material educativo nas escolas e blitzen de conscientização. Os dados serão encaminhados à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) para embasar políticas públicas. O projeto deve ser votado em definitivo na próxima sessão ordinária.

Fonte: Agora RN