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STF retirou o sigilo sobre a delação premiada de Mauro Cid na manhã desta quarta-feira (19)
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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, revelou, em delação premiada, que o ex-presidente pediu o monitoramento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por desconfiar de reunião entre ele e o vice, Hamilton Mourão (Republicanos).
“Indagado sobre o motivo da determinação feita pelo então presidente Jair Bolsonaro, para que fosse realizado o acompanhamento do ministro Alexandre de Moraes, [Mauro Cid] respondeu que um dos motivos foi o fato de que o então presidente havia recebido uma informação de que o general Mourão estaria se encontrando com o ministro Alexandre de Moraes em São Paulo (SP), e que foi uma maneira de verificar se essa informação era verdadeira ou não”, diz trecho da delação.
O relatório da Polícia Federal, divulgado no fim de 2024, afirmava que Moraes passou a ser monitorado por militares bolsonaristas em novembro de 2022, depois de uma reunião realizada na casa do vice na chapa de Bolsonaro naquela eleição, general Walter Souza Braga Netto (PL).
Tal monitoramento se deu no contexto do plano Punhal Verde e Amarelo, que previa o assassinato de Moraes, do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).
Segundo a delação de Mauro Cid, o monitoramento foi realizado pelo coronel do Exército, Marcelo Câmara. No entanto, Cid não soube informar como Câmara teve acesso aos dados restritos sobre a localização do ministro Alexandre de Moraes. Afirmou apenas que o coronel recebeu as informações e as repassou ao grupo.
Moraes retirou o sigilo sobre a delação de Mauro Cid na manhã desta quarta-feira (19), após a Procuradoria-Geral da República oferecer denúncia contra 34 pessoas na investigação que aponta uma trama golpista no país, com o objetivo de manter Bolsonaro na presidência, mesmo após a derrota na eleição de 2022.
CNN Brasil
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