Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.
Ao todo, foram 8,7 milhões de solicitações no período em todo o País
Nos primeiros cinco dias de operação do Consignado CLT, trabalhadores do Rio Grande do Norte contrataram 750 empréstimos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A medida entrou em vigor na sexta-feira (21), e o levantamento considera até a terça-feira (25). O valor médio dos empréstimos no estado foi de R$ 6,4 mil, cifra próxima à média nacional, que é de R$ 7 mil. No RN, 535.417 pessoas que trabalham com carteira assinada podem contratar o crédito. Pela regra, apenas um empréstimo é concedido por trabalhador. Em todo o Brasil, em cinco dias, foram 48,1 mil contratos, que somam R$ 340,3 milhões.
Ao todo, foram 8,7 milhões de solicitações no período em todo o País. O valor da parcela média nacional é de R$ 333,88, com prazo médio de 21 meses para pagamento. A autarquia não especificou a quantidade de solicitações, nem o montante total de crédito concedido ao Rio Grande do Norte nos primeiros cinco dias da medida, que consiste, basicamente, na opção de empréstimo consignado para quem tem carteira assinada (47 milhões de trabalhadores em todo o Brasil). A nova regra tem vantagens e desvantagens, conforme especialista ouvido pela TRIBUNA DO NORTE.
Para o economista Cláudio Barbosa, a concessão possui variados benefícios, como o baixo risco do consignado, tanto para quem empresta quanto para quem recebe o crédito. “Um empréstimo sob consignação significa uma tendência de risco zero. Exatamente por isso, é bom para quem entrega dinheiro, que ganha garantias, mas também para quem toma crédito, que ao ter um desconto compulsório no salário, se programa para não ficar com as contas no vermelho”, aponta o especialista, ao afirmar que a grande preocupação é com a falta de educação financeira da população.
As taxas de juros (que devem ficar abaixo de 3%, bem menores do que as cobradas para empréstimo pessoal, que é de 6,09%) representam outra vantagem, segundo o economista. “Por esse aspecto, a medida é uma política pública muito importante”, diz. Ao mesmo tempo, aquilo que inicialmente é uma vantagem, pode se tornar uma desvantagem, segundo o economista, uma vez que o risco de endividamento aumenta.
“É importante dizer que existe um índice de endividamento no Brasil que chega a 83,5%. Então, há riscos especialmente para os pequenos, como empregadas domésticas e microempreendedores individuais. E isso, claro, também está ligado à falta de educação financeira, que é um enorme desafio para o Brasil”, avalia.
Fonte: Tribuna do Norte
Faça Login ou Cadastre-se no site para comentar essa publicação.
0 Comentários