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Investigações revelaram a prática de crimes graves, incluindo abuso de autoridade, falsa identidade e violação de sigilo processual
O Delegado Igor André, já conhecido por suposto envolvimento em um caso de agressões contra seu enteado, agora enfrenta novas acusações criminais após ser indiciado pela Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (DECCOR-RN). As investigações revelaram a prática de crimes graves, incluindo abuso de autoridade, falsa identidade e violação de sigilo processual em depoimento de criança ou adolescente, conforme o relatório final da DECCOR.
O caso ganhou contornos ainda mais sérios com o depoimento de um membro da Associação Henry Borel e produtor do canal BastaCast no YouTube. Segundo ele, o Delegado Igor André entrou em contato via What’s App, apresentando-se como "Dr. Antônio". Durante a interação, "Dr. Antônio" enviou documentos confidenciais que estavam sob sigilo judicial, numa tentativa clara de intimidar e impedir a realização de uma entrevista com o professor Carlos André, pai da criança agredida e, atualmente, um dos ativistas mais vocais em casos de violência infantil.
Os documentos enviados continham informações confidenciais, comprometendo a privacidade dos envolvidos e infringindo diretamente o artigo 24 da Lei nº 13.431 de 2017, que resguarda o sigilo de depoimentos de crianças e adolescentes em contextos de violência.
Além disso, o relatório da DECCOR aponta que o Delegado praticou abuso de autoridade ao tentar intimidar Conselheiras Tutelares para a obtenção de vantagens pessoais.
As investigações foram meticulosamente conduzidas pela Delegada Karla Viviane de Sousa Rêgo do DECCOR. A rigorosidade e eficiência na liderança do inquérito exemplificam o comprometimento da Polícia Civil do Rio Grande do Norte em investigar e corrigir desvios de conduta internos.
Saber que a instituição não hesita em investigar e responsabilizar seus próprios membros transmite uma mensagem poderosa à sociedade, aumentando a confiança e a tranquilidade dos cidadãos do estado quanto à integridade e ao profissionalismo das suas forças de segurança.
O processo foi distribuído para a 3ª Vara Criminal e encontra-se registrado no número 0830428-92.2024.8.20.5001.
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