Acusado de ser o mentor do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, o delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, foi transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró na terça-feira (15). A informação foi confirmada à reportagem da TRIBUNA DO NORTE pelo advogado Marcelo Ferreira de Souza, um dos profissionais que atuam na defesa do réu.
Ainda de acordo com a defesa do delegado, foi informado apenas que a transferência se deu por razões administrativas. As visitas, ainda conforme o advogado, foram suspensas sem aviso prévio.
A restrição deve permanecer até que ele complete o período de adaptação a rotina do presídio federal, o que pode demorar, pelo menos, 20 dias. Rivaldo estava preso de forma preventiva em Brasília. “Semana que vem tem interrogatório dele. A gente fica meio que de mãos atadas com essa situação. São questões internas da Penitenciária que eles não revelam. Não há nem o que reclamar sobre esse assunto”, afirmou.
O advogado ressaltou ainda que a mudança ocorreu no momento em que audiências referentes ao caso ainda são realizadas. Uma audiência de instrução, relacionada ao caso, está marcada para ocorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (17). Marcelo Ferreira informou ainda que o outro advogado atuante no caso, Felipe Dalleprane, deve vir a Mossoró para acompanhar o interrogatório de Rivaldo Barbosa.
Além do delegado, também foram presos, em março deste ano, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão, conforme publicado pela Agência Brasil.
Os três já foram denunciados ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por homicídio e organização criminosa. O depoimento de Rivaldo Barbosa foi autorizado por Alexandre de Moraes após o delegado fazer um pedido escrito à mão para ser ouvido pela PF. Ele pediu “pelo amor de Deus” e “por misericórdia” para ser ouvido.
Tribuna do Norte.
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