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Grupo passou 14 anos fazendo observações e pesquisa, e 8 anos coletando dados no município de Santa Maria, localizado na Microrregião do Agreste Potiguar
Pesquisadores do Centro de Biociências (CB) da UFRN revelaram a importância das macambiras-de-flecha, da espécie Encholirium spectabile, para a conservação de insetos no Semiárido brasileiro. O estudo intitulado Heróis anônimos do semiárido: himenópteros e os serviços vitais do ecossistema possibilitados por Encholirium spectabile, uma bromélia rupícola da região semiárida brasileira foi publicado na revista Neotropical Entomology.
A equipe é composta por Jaqueiuto Jorge e Adriano Caliman, ambos do Programa de Pós-Graduação em Ecologia do Centro de Biociências (PGE/CB); e André Felipe Duarte, Roberto Santos e Eliza Freire, do Departamento de Botânica e Zoologia (DBEZ/CB). Ao todo, o grupo passou 14 anos fazendo observações e pesquisa, e 8 anos coletando dados no município de Santa Maria, localizado na Microrregião do Agreste Potiguar, a 60km da capital do estado.
A escolha da bromélia Encholirium spectabile foi feita após alguns anos de observação da fauna local, devido à predominância e resistência no Semiárido. A espécie é utilizada como micro-habitat para himenópteros, incluindo abelhas, vespas e formigas. A relevância para a pesquisa está na capacidade de sustentar a biodiversidade em um ambiente desafiador, tornando-a um modelo ideal para o estudo das interações ecológicas.
Segundo o professor Jaqueiuto Jorge, relacionar a importância das espécies com os serviços que elas prestam aos seres humanos é crucial para a conservação, especialmente no que diz respeito a aspectos financeiros, como a polinização de cultivos e a produção de alimentos, que auxiliam na fonte de renda da região. O pesquisador reforça que conhecer esses prestadores de serviços ecossistêmicos é fundamental tanto para os usuários dessas atividades quanto para a conservação das espécies vulneráveis.
O docente destacou a importância de um Semiárido sustentável. Segundo Jaqueiuto Jorge, é necessário considerar os saberes locais sobre a fauna. “Pensar a conservação ambiental aliada à conservação dos costumes e conhecimentos locais é o caminho mais sensato e justo”, afirma.
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