Detentos foram levados da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), de onde fugiram em fevereiro, para a de Catanduvas (PR)

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Foto: Divulgação/PF.

Os dois fugitivos recapturados do sistema federal, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, foram transferidos da Penitenciária de Mossoró (RN) - de onde conseguiram fugir em fevereiro deste ano - para a Penitenciária de Catanduvas (PR). 

A fuga da dupla, em 14 de fevereiro, representou a primeira na história do sistema prisional federal brasileiro, que existe desde 2006. Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram recapturados no Pará, 50 dias após a fuga.

A transferência dos dois apenados aconteceu no mês de outubro, de forma sigilosa. O advogado da dupla em Mossoró, Mário Aquino, confirmou a informação e disse que foi avisado do fato pela penitenciária apenas após a transferência ter ocorrido.

Os dois foram levados para a Penitenciária de Catanduvas (PR) em um avião da Polícia Federal que saiu do Aeroporto de Aracati (CE), que fica cerca de 90 km distante de Mossoró.

Desde a fuga, a Penitenciária Federal de Mossoró passou por reforço na segurança e trocou de diretor. Em julho deste ano, a Penitenciária Federal de Mossoró teve nomeado Roderick Ordakowski como novo diretor. Ele estava como substituto desde abril, na vaga do interino Carlos Luís Vieira Pires, que assumiu após fuga.

O diretor do presídio de Mossoró na época da fuga era Humberto Gleydson Fontinele Alencar, que foi afastado logo após o fato e acabou dispensado do cargo em abril.

Fuga

Rogério e Deibson fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro, uma Quarta-Feira de Cinzas. Os dois presos, originalmente do Acre, estavam na unidade desde setembro de 2023 e são do Comando Vermelho.

A fuga dos detentos foi a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda as penitenciárias de Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

Para deixar a cadeia, os detentos abriram uma passagem atrás de uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame. Segundo as investigações, eles usaram ferramentas de uma obra que estava sendo feita na penitenciária.

Após a fuga, autoridades locais e federais criaram uma força-tarefa para capturar os fugitivos. O grupo incluiu agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado.

Logo nos primeiros dias de fuga, Rogério e Deibson invadiram casas e fizeram uma família refém. Além disso, a PF informou que uma facção criminosa teria ajudado os fugitivos a pagar R$ 5 mil ao dono de uma fazenda que auxiliou na fuga.

A dupla conseguiu deixar o Rio Grande do Norte e, no dia 18 de março, usou um barco pesqueiro para viajar de Icapuí (CE), a 202 km de Fortaleza, com direção à Ilha de Mosqueiro, em Belém do Pará.

A viagem pela costa brasileira durou seis dias, e os fugitivos chegaram a Belém no dia 24 de março. No dia 4 de abril, eles foram recapturados por policiais rodoviários federais em Marabá (PA).

G1 RN.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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