Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro estava preso desde 22 de março após vazamento de áudios críticos à PF e a Moraes

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Foto: Gesival Nogueira/Ato Press/Estadão Conteúdo.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), deixou, na tarde desta sexta-feira (3), o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, onde estava preso.

Cid teve liberdade provisória, concedida mediante medidas cautelares, as mesmas que haviam sido impostas em setembro, quando foi solto pela primeira vez:

  • necessidade de uso de tornozeleira eletrônica;
  • cumprimento de recolhimento domiciliar noturno;
  • comparecimento semanal à Justiça;
  • proibição de deixar o país;
  • proibição de usar redes sociais;
  • proibição de se comunicar com outros investigados, com exceção de esposa, filha e pai.

Cid estava desde 22 de março no batalhão após um vazamento de áudios em que o militar tece críticas à Polícia Federal e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Moraes é o ministro relator de inquéritos que miram Cid. O militar é suspeito de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 e venda de presentes oficiais da Presidência da República.

Foi Moraes quem ordenou a soltura de Cid. No pedido de liberdade, acolhido pelo ministro, a defesa do militar argumentou que os áudios não causaram prejuízo à investigação e que não houve obstrução de justiça.

Nas gravações, Mauro Cid reclama da condução do processo, citando o relator do inquérito. “O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta”, diz no áudio.

Pelas gravações, Cid foi chamado para depor no STF. Na ocasião, ele admitiu a autoria dos áudios, negou que tenha sido coagido por policiais em delação e manifestou desejo de manter o acordo de delação premiada firmado na Justiça.

CNN.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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