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Ex-prefeita destacou que está fora da política há 12 anos e que não é sequer mais filiada a partido político
A jornalista e ex-prefeita de Natal Micarla de Sousa, dona da TV Ponta Negra, criticou nesta sexta (9) apoiadores do PT que gritaram o nome dela durante uma manifestação em frente à Band após o debate entre os candidatos à Prefeitura do Natal, realizado na noite de quinta (8).
Em uma fala durante o Jornal do Dia, Micarla afirmou que foi vítima de “violência política de gênero”. E criticou que os atos de “misoginia” tenham partido de apoiadores de Natália Bonavides, única mulher entre os seis candidatos à Prefeitura do Natal.
Durante o protesto, apoiadores de Natália gritaram que Paulinho Freire, candidato do União Brasil a prefeito de Natal, foi vice de Micarla de Sousa quando ela foi prefeita, entre 2009 e 2012. A ex-gestora deixou o cargo mal avaliada.
“Uma coisa que me chamou muito a atenção foi na saída do debate da Band. Um grupo de apoiadores da candidata Natália Bonavides, a famosa claque dela, do PT, gritou palavras de ordem usando meu nome. É estranho ver uma atitude misógina, desrespeitosa, machista, vindo exatamente de pessoas ligadas à única mulher candidata a prefeita nessa eleição em Natal”, declarou Micarla.
A jornalista criticou especialmente a deputada estadual Divaneide Basílio e o vereador de Natal Daniel Valença, que estavam na manifestação. “E sabe o que é pior? Ver mulheres, como a deputada Diva Basílio, engrossando o coro junto com o vereador Daniel Valença, que se apresenta como progressista, que luta contra o machismo explícito na política do nosso estado. É tão deprimente que, em pleno 2024, mulheres continuam sofrendo com violência política de gênero na política, mesmo fora da política, como eu”, discursou.
A ex-prefeita destacou que está fora da política há 12 anos e que não é sequer mais filiada a partido político.
“Parem de usar o meu nome. Só para lembrar: depois de mim, já foram três mandatos de prefeito. Dois prefeitos diferentes passam por Natal. Até hoje não conseguem me esquecer? Vamos parar. Vamos arrumar uma lavagem de roupa. Ou melhor, um plano de governo para vocês se preocuparem e parar de agredir gratuitamente uma mulher. Isso já seria em bom tom”, finalizou.
98 FM.
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