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Suspeito de matar Maria Fernanda da Silva Ramos demonstrou facilidade em se desfazer das provas do crime
O suspeito de assassinar a adolescente de 12 anos, Maria Fernanda da Silva Ramos, na Grande Natal, está sendo investigado de já ter cometido outros assassinatos. A Polícia Civil informou que o homem não tem antecedentes criminais, mas demonstrou 'frieza' ao confessar o crime.
Nesta terça-feira (5), a polícia divulgou detalhes da operação e disse que o homem estuprou a menina e a matou espancada. Porém, os investigadores ainda aguardam laudos periciais que confirmem essas informações.
O suspeito não possui um histórico criminal, mas a polícia está traçando o perfil para entender se existe algum crime anterior da mesma natureza.
O suspeito é o pedreiro Alex Moreira da Silva, conhecido como Bila, de 35 anos, um ex-vizinho da família, que confessou o crime na segunda-feira (4).
"O perfil é um próximo passo importante, até para saber se existe a possibilidade de ele já ter cometido algum crime da mesma natureza, porque ele demonstrou uma frieza e um conhecimento muito grande de se desfazer das provas", explicou o delegado responsável pelo caso, Márcio Lemos.
De acordo com a Policia Civil, as investigações devem seguir buscando informações sobre o perfil do homem, devido a facilidade e conhecimento que ele apresentou em se desfazer das provas do crime em locais de difícil acesso.
Segundo a polícia, a princípio, o suspeito de assassinar a adolescente irá responder por três crimes: estupro de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Se condenado com penas máximas somadas ultrapassam os 50 anos de cadeia.
A informação é de que a polícia seguirá investigando o perfil do assassino confesso para saber se esse foi realmente o primeiro assassinato cometido pelo homem.
Entenda o caso
Maria Fernanda morava com a família no bairro Golandim, na Rua Santa Margarida Maria. Segundo familiares, ela desapareceu ao sair de casa no início da tarde da última quinta-feira (31) para ir à Escola Municipal Genésio Cabral, no mesmo bairro.
A família começou a buscar informações sobre Maria Fernanda ainda na quinta-feira (31) e recebeu o relato de testemunhas a respeito do homem em um carro vermelho. O boletim de ocorrência na Polícia Civil foi registrado na manhã da sexta-feira (1).
No mesmo dia, o Ministério da Justiça inseriu o desaparecimento de Maria Fernanda no programa Amber Alert - um sistema de alertas urgentes adotado pelo Brasil desde agosto de 2023, que é ativado em alguns casos de rapto, sequestro ou desaparecimento de crianças.
A família também entregou à polícia imagens de câmeras de segurança que mostravam um carro modelo Strada passando na mesma rua na qual a menina foi vista pela última vez, porém, ainda na sexta, a polícia localizou o motorista do veículo e descartou a participação dele no crime.
O suspeito foi preso na segunda-feira (4) na comunidade Arenã, em São José de Mipibu. De acordo com o delegado Darlan Dantas, do Departamento de Inteligência Policial, após ser preso, o homem que trabalha como pedreiro confessou o crime e levou os policiais ao local onde queimou o carro usado por ele, em Macaíba, e ao local onde enterrou a vítima, em uma área de mata perto da BR-101, em Extremoz.
O delegado responsável pelo caso, Márcio Lemos, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acredita que Maria Fernanda foi espancada até a morte.
Segundo o delegado, imagens às quais a polícia teve acesso mostram que aparentemente Maria Fernanda estava esperando o homem, que a buscou por volta das 12h30 no bairro. A polícia acredita que eles tinham marcado um encontro.
A suspeita é de que o homem violentou a menina sexualmente e depois a matou.
Os investigadores aguardam laudos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) para confirmar a versão.
Apesar da versão da Polícia Civil, a família de Maria Fernanda não acredita que a menina tenha marcado um encontro com o homem.
G1 RN.
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