Prefeita eleita de Parnamirim, Nilda diz que gestão atual dificulta transição ao não responder ofícios: 'Falta de informações'

Eleita no dia 6 de outubro como primeira mulher prefeita da cidade, prefeita

Eleita prefeita de Parnamirim no último dia 6 de outubro, a professora Nilda Cruz (Solidariedade) afirmou nesta sexta-feira (25) que a atual gestão do município não tem respondido às solicitações encaminhadas por sua equipe de transição.

A declaração foi dada durante entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi. Segundo Nilda, a equipe já enviou mais de 30 ofícios com pedidos de informações à prefeitura. Ela ainda afirmou que cogita acionar a Justiça, caso o município não responda os questionamentos do grupo.

"Essa transição está se tornando desafiadora pela falta de informações. Nós já encaminhamos mais de 30 ofícios, mas infelizmente, até a presente data, a gente não tem recebido as devolutivas. Se a prefeitura não cumprir o que é obrigação dela, a gente vai ter que acionar a nossa parte jurídica, porque nós precisamos dessas informações", disse.

A prefeita eleita explicou que a comissão formada por ela para o processo de transição conta com 23 pessoas distribuídas em 14 grupos de trabalho.

"Nós já encaminhamos vários ofícios para a Prefeitura de Parnamirim, infelizmente a gente não tem recebido a devolutiva em tempo hábil, então isso tem dificultado esse processo de transição. Mas nós acreditamos sim que a Prefeitura vai cumprir as prerrogativas, dentro da lei. Nós não queremos medir forças, mas o que nós precisamos é que as informações cheguem com clareza, com transparência, porque a partir do dia 1º de janeiro nós precisamos começar a execução do nosso plano de gestão", disse.

O g1 procurou a Prefeitura de Parnamirim, mas não recebeu nenhum posicionamento sobre o assunto até a última atualização desta reportagem.

 

Maurício na equipe de transição

 

Nilda ainda respondeu a críticas por ter incluído no grupo de transição o ex-prefeito Maurício Marques, inelegível por enquadramento na Lei da Ficha Limpa.

De acordo com ela, o ex-gestor tem contribuído com a experiência de já ter sido prefeito por dois mandatos.

 

"A gente encara (as críticas) com naturalidade, a democracia nos permite. Maurício, nós sabemos que ele foi prefeito por dois mandatos. Então ele tem uma experiência macro da Prefeitura de Parnamirim, experiência essa que muito tem contribuído", considerou.

 

 

Prioridades para início do mandato

 

Nilda ainda afirmou que a prioridade da sua gestão, a partir de 1º de janeiro será o fortalecimento da atenção primária na saúde pública. Ela também destacou a educação, como um dos focos de sua administração.

"Nós deixaremos uma educação forte, de qualidade, uma saúde eficiente, e com certeza a população de Parnamirim terá uma autoestima, porque fará parte de todo esse processo. Será uma gestão onde o povo estará presente, trazendo Parnamirim, com pertencimento, para o seu dia-a-dia", disse.

 

Resultado da eleição

 

Ainda durante a entrevista, a prefeita eleita afirmou não considerou pequena a diferença de 2.725 votos para seu principal adversário nas urnas, Salatiel (PL). Nilda obteve 47.882 votos válidos (46,92%) contra 45.157 votos de Salatiel (44,25%).

Ela ainda afirmou que o grupo ao qual se opunha contava com o apoio da atual gestão, além de 11 vereadores e dois senadores e, por isso, considera que sua vitória não foi "apertada".

Nilda ainda comentou o fato de ser a primeira mulher eleita prefeita do município e também contar com uma vice-prefeita mulher, Kátia Pires (União Brasil).

"Iniciamos uma nova história. A população sabe o quanto nós mulheres temos este poder de ocuparmos o espaço que nós desejarmos. Nós nos unimos com um único propósito: servir ao povo de Parnamirim. E, graças a Deus, a população entendeu o nosso comprometimento, nossa história de vida. Nós fizemos uma campanha com muita verdade, muita responsabilidade, dialogando com as pessoas. E o grande diferencial foi trazer a população para o nosso projeto, que representa a vontade do povo de Parnamirim, pelas mudanças que nossa gente precisa", disse.

G1 RN.