Assunto foi motivo de troca de acusações no início do governo Lula, entre o atual presidente e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro

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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil.

A Comissão de Inventário Anual da Presidência da República localizou todos os bens que estavam “desaparecidos” do Palácio da Alvorada – residência oficial do presidente da República.

O início da conferência ocorreu em novembro de 2022 e, inicialmente, 261 itens não haviam sido encontrados. Logo após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi realizada uma nova verificação que constatou a ausência de 83 móveis, utensílios domésticos, livros e obras de arte. A informação foi inicialmente revelada pelo jornal Folha de São Paulo e confirmada pela CNN.

“Os trabalhos foram finalizados somente em setembro do ano passado, quando todos os bens foram encontrados em dependências diversas da residência oficial. Ou seja, houve um descaso com onde estavam esses móveis sendo necessário um esforço para localizá-los todos novamente”, informou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência em nota.

O “sumiço” da mobília foi alvo de troca de acusações entre Lula e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Tão logo tomou posse, o presidente reclamou da conservação do Palácio da Alvorada e da Residência Oficial da Granja do Torto. E que, por isso, começou o governo morando em um hotel.

“Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então a gente está fazendo a reparação, porque aquilo é um patrimônio público”, disse Lula em um café da manhã com jornalistas.

Três meses depois, instigada por um seguidor das redes sociais, Michelle Bolsonaro rebateu a acusação. Na época, afirmou que os móveis estavam no depósito da Presidência e que utilizou mobília própria a partir do segundo semestre de 2019.

Com a justificativa de que alguns itens haviam desaparecidos, a Casa Civil comprou, sem licitação, novos móveis para o Palácio da Alvorada.

Os itens custaram R$ 196 mil. Entre eles, um sofá reclinável para a cabeça e os pés de forma automática, no valor de R$ 65 mil. Além de uma cama de R$ 42 mil.

“Os bens adquiridos passaram a integrar o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem”, afirmou a Secom.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, usou as redes sociais para comentar o assunto. “O desonesto Lula mentiu! Acusou Jair Bolsonaro para poder gastar o dinheiro dos brasileiros comprando móveis de luxo para sua majestade real”.

CNN.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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