Em outubro de 2024, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses são positivas quanto à demanda, ao número de empregados e às compras de matérias-primas

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Foto: Reprodução.

A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, de acordo com a percepção dos empresários, a produção industrial potiguar registrou queda em setembro de 2024 (indicador de 45,6 pontos), após dois meses apresentando crescimento. Em linha com o desempenho negativo da atividade, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) decresceu 1 ponto percentual, para 75%. O emprego industrial também cresceu menos na passagem de agosto para setembro (51,6 pontos). Além disso, estoques de produtos finais caíram na comparação com o mês anterior (48,0 pontos), e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria (48,0 pontos).

Em outubro de 2024, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses são positivas quanto à demanda, ao número de empregados e às compras de matérias-primas. Contudo, as indústrias preveem estabilidade na quantidade exportada de seus produtos, pelo segundo mês seguido. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair.

No 3º trimestre de 2024, os empresários potiguares mostraram maior insatisfação com suas margens de lucro operacional. Por sua vez, os preços médios das matérias-primas continuaram elevados. Por outro lado, observa-se um arrefecimento na percepção de dificuldade no acesso ao crédito. Ao mesmo tempo em que os executivos reportaram satisfação com a situação financeira de suas empresas.

Na opinião dos empresários, os principais problemas enfrentados pela indústria potiguar nesse 3º trimestre de 2024, foram a falta ou alto custo da matéria-prima – pelo segundo trimestre consecutivo -, seguida pela elevada carga tributária, pela competição desleal (informalidade, contrabando, dumping, etc.) e pelas dificuldades na logística de transporte (estradas, infraestrutura portuária, etc.).

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram estabilidade no número de empregados; estoques de produtos finais em queda e abaixo do planejado; insatisfação com o lucro operacional e com a situação financeira; e reportaram terem encontrado dificuldade em obter crédito no trimestre. Já as médias e grandes empresas, assinalaram aumento no número de empregados; estoques estáveis e no nível desejado; satisfação com a margem de lucro operacional; classificaram como boa sua situação financeira; e avaliaram como normais as condições de acesso ao crédito.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 18/10 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se manteve estável em 72% e preveem crescimento da quantidade exportada dos seus produtos nos próximos seis meses (indicador de 52,8 pontos).

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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