Cinco suspeitos de integrarem a facção morreram em confrontos com a polícia em operações no Rio Grande do Norte e em Pernambuco

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Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte acredita que conseguiu desarticular uma quadrilha suspeita de ter roubado um carro-forte e assaltado uma lanchonete em crimes que marcaram pela atuação dos bandidos nos últimos meses em Natal.

Segundo a polícia, durante as operações, surpreendeu o nível e a quantidade de armamentos e explosivos encontrados com a quadrilha - algumas capazes de derrubar até helicópteros.

O grupo foi desarticulado após duas operações, segundo a Civil:

  • na quarta-feira (11), três suspeitos de integrarem o grupo criminoso foram mortos em confronto com a polícia em Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife;
  • outros dois suspeitos haviam morrido em um confronto na cidade de Pureza, no interior do RN, na sexta-feira passada (6), sendo um deles, segundo a Polícia Civil, considerado o maior assaltante de bancos do Nordeste.

Segundo o delegado Yuri Cabral, da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), na operação do dia 6 de dezembro a polícia se deparou com o arsenal do grupo criminoso.

"Um vasto material explosivo, mais de 20 quilos de explosivo. E esse material também de outros calibres. Nós vimos ali munição de ponto 50, arma de guerra, utilizada para parar motores de carro-forte", disse.

"Nos preocupou, por isso que nós empreendemos esforços para conseguir prender todos os criminosos".

A quadrilha se autodenominava como "Cangaço" e era, segundo o diretor da Deicor, delegado Joacir Rocha, "extremamente violenta".

"O que causa preocupação a gente foi a apreensão de munições calibre ponto 50. Essas munições são utilizadas para derrubar helicóptero, para atirar contra carro-forte, então ultrapassa muitas blindagens", explicou.

Segundo a Deicor, o grupo era especializado em roubos a bancos e veículos, caixas-fortes e explosão de caixas eletrônicos. Com o grupo, também havia dinheiro, uniformes e muita munição.

"A gente entende que conseguiu fazer esse grande trabalho com o apoio de todos e desarticulamos, sim, essa facção", frisou Joacir Rocha.

Cinco mortos, um foragido

Ao todo, cinco criminosos suspeitos de participarem dos crimes morreram nas operações, segundo a Polícia Civil. Foram eles:

  • Wesley Victor, conhecido como Rosinha ou Bart Simpson (operação em Pernambuco)
  • Rariel Douglas Celestino, conhecido como Branco (operação em Pernambuco)
  • Madson Roberto Alves Fonseca, conhecido como Pé de Chumbo (operação em Pernambuco)
  • José Ari Dantas da Silva (operação no RN)
  • José Carlos Renato Santos da Silva (operação no RN)

De acordo com a Polícia Civil, um outro integrante do grupo é considerado foragido - ele fugiu do cerco feito em Pernambuco. Um delegado e um policial civil do RN foram feridos na ação, mas não correm risco de morte, segundo a polícia.

De acordo com a Polícia Civil, além do cometimento dos crimes, a quadrilha também ostentava armas nas redes sociais e desafiava as autoridades.

"Eles estavam divulgando em todos os locais que eram o 'Novo Cangaço', que eles iam tomar o território do Rio Grande do Norte", alertou o secretário de Segurança e Defesa Social do RN, Coronel Francisco Araújo.

Crimes cometidos em Natal

De acordo com a investigação da Deicor, os dois crimes cometidos pela facção considerado de grande impacto em Natal nos últimos meses foram:

  • No dia 5 de agosto, a quadrilha roubou malotes de um carro-forte dentro de um supermercado no bairro Capim Macio, Zona Sul de Natal. Os criminosos chegaram a invadir o estabelecimento e atiraram contra um vigilante, que morreu no dia seguinte;
  • No dia 1º de dezembro, os criminosos, fortemente armados, invadiram e assaltaram uma lanchonete no bairro Lagoa Nova, na Avenida Prudente de Morais, também na Zona Sul de Natal. Ninguém ficou ferido.

G1 RN.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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