Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.
Entre os atletas potiguares, Thalita Simplício, do atletismo, Arthur Silva, do judô, e Maria Rizonaide, do halterofilismo
Os Jogos Paralímpicos de Paris serão disputados entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro. A primeira leva de esportistas do Brasil na Vila Paralímpica, no total de 75, são do remo, do tênis de mesa, do vôlei sentado, do tiro com arco, do halterofilismo e da bocha chegou em Paris na última semana, entre eles, a potiguar Maria Rizonaide, do halterofilismo, com seu técnico Carlos Williams.
Do Rio Grande do Norte serão, ao todo, 12 atletas divididos no atletismo, bocha, canoagem, goalball, halterofilismo, judô e natação. Do judô, o potiguar Arthur Silva tem boas chances de medalha. Ele está em sua terceira paralimpíada, mas, agora, chega como favorito ao ouro. “O que mudou foi que antigamente eu lutava com o pessoal que enxergava. E agora eu estou lutando só com pessoas que são completamente cegas, assim como eu. A preparação foi bem árdua, bem intensa. Mas, se Deus quiser, vai dar tudo certo agora”, pontuou o judoca, que irá competir no dia 7 de setembro, a partir das 4h30, horário de Brasília.
Já no atletismo, a multimedalhista mundial, paralímpica e parapan-americana Thalita Simplício também tem grandes chances de se manter no topo e trazer mais medalhas para o Brasil e para o RN, junto com o seu guia, Felipe Veloso. “Nós temos três medalhas paraolímpicas, uma no revezamento 4×100 no Rio 2016 e duas no individual, no 400m e 200m de prata, em 2021. As expectativas são as melhores possíveis, tudo ocorreu bem na preparação e agora é manter a cabeça tranquila para as provas”, afirmou a atleta.
Correndo junto com Thalita há 12 anos, Felipe Veloso, seu guia, fala sobre a preparação deles até a Paralimpíada. “Nós estamos na cidade de Troyes, que fica a duas horas de Paris, já fizemos toda a preparação e acredito que tudo foi feito da melhor maneira até nós chegarmos aqui na França. Agora são os ajustes finais. Essa semana que passamos aqui, treinamos bem, mas já com volume bem reduzido de treino. Então, é concentração total”, conta.
Eles já irão competir na sexta-feira (30), na prova dos 400m, classificatória e semifinal. Caso passem de fase, a final será no sábado (31), às 14h37. “Tudo aqui está dando certo. Não só a Thalita, mas os demais atletas, a Clara Daniele, a Maria Clara, o Daniel e o Efraim, fizeram uma preparação excelente. Temos uma alimentação 100% brasileira e agora é concentrar no que viemos para fazer e fazer o nosso melhor. Acredito que a gente pode sair daqui com bons resultados”, completa Felipe Veloso. Além de Thalita, os potiguares no atletismo são Maria Clara, Clara Daniele com o guia Efraim, e Daniel.
No halterofilismo, os holofotes do Rio Grande do Norte estão voltados para Maria Rizonaide, que vem acumulando conquistas nos últimos anos. A atleta foi ouro no Open das Américas de Saint Louis, nos EUA, em 2022; ouro na Copa do Mundo de Dubai em 2022; prata nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; e bronze na etapa de Dubai da Copa do Mundo. E na etapa de Tbilisi, na Geórgia, em junho, a atleta de apenas 46 kg levantou incríveis 106 quilos. Foi a melhor marca da carreira e que garantiu a vaga para Paris.
Aos 42 anos, Rizonaide vai ser a única potiguar da modalidade nesta Paralimpíada. “Ao longo da preparação, fomos descobrindo brechas para colocá-la numa condição competitiva. Começamos o ciclo na categoria até 45kg, e há dois anos, migramos para os 50kg. Rizonaide terminou a corrida para Paris em 7° lugar no ranking, e estamos confiantes em voltar de Paris no mínimo no Top 5”, diz Carlos Williams, técnico da Sadef e da Seleção Brasileira, também convocado para Paris.
Vai ser a terceira Paralimpíada seguida do técnico. Carlos Williams destaca a participação feminina em 2024. “Em Paris, teremos um número recorde de atletas no Halterofilismo. São 11 representantes, sendo 7 mulheres. Vamos para a França com a expectativa de conseguir pelo menos duas medalhas, mas acreditando que podemos ser surpreendidos e subir no pódio mais vezes”, diz o técnico.
Novo Notícias.
Faça Login ou Cadastre-se no site para comentar essa publicação.
0 Comentários