Parcela considerável de novos postos de trabalho foram gerados diretamente pelo Governo do Estado

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Crédito: Assecom/Arquivo/Elisa Elsie.

O Rio Grande do Norte apresentou um resultado animador nos dados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com saldo de 5.774 novos postos de trabalho, sendo uma parcela considerável desses novos empregos com carteira assinada gerados diretamente pelo Governo do Estado, contribuindo para o desenvolvimento econômico local.

O acumulado deste ano é de 18.902 novos postos, mais da metade deles gerados nos meses de junho e julho. Na avaliação do período de janeiro a julho, o ano que mais se aproximou deste resultado foi o de 2021, quando o Brasil estava saindo da pandemia da Covid-19, gerando um saldo positivo de 13.777. Caso a comparação seja feita com o mesmo período do ano passado, o crescimento é ainda mais impressionante, quase o dobro (98,5%). Em igual período de 2023 foram 9.523 empregos.

SETOR DE CONSTRUÇÕES

Um dos exemplos do tamanho da contribuição do Estado nas contratações reside no setor de construções, que neste mês gerou 3.263 admissões no RN, sendo que mais de um terço vêm das obras de recuperação de rodovias, tocadas pela administração estadual, e que estão empregando 1.113 pessoas. Além disso, o poder público contribui com postos de trabalho em outras várias obras, como as de infraestrutura hídrica e as mais de 90 de manutenção, reforma e construção de escolas, como os IERNs.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) concluiu a 9ª edição do Boletim Caged, detalhando os dados divulgados nesta semana pelo TEM. O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, atribui esse resultado ao conjunto de medidas adotadas pelo governo para garantir um ambiente de negócios propício e estimular empreendimentos que gerem empregos e oportunidades aos potiguares, além da conjuntura da economia do país.

“Houve diversas ações, projetos, programas e medidas que estão dando resultados. O Rio Grande do Norte tem, por exemplo, o melhor programa de atração de desenvolvimento industrial do país, que é o Proedi, e que relaciona incentivos com oportunidades de emprego. Chegamos a oferecer 95% de desconto no ICMS para atividades que geram muita empregabilidade, como calçados e confecções”, destaca Sílvio Torquato.

MPEs

Sílvio Torquato lembra de outras ações que fortalecem o ambiente econômico e geram mais emprego e renda no estado, como a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. “O setor das MPEs é o que mais cria oferta de trabalho, e regulamentar estímulos e simplificações para esses empreendimentos foi importante, algo reconhecido como necessário para criar um ambiente favorável ao empreendedorismo”, diz o secretário.

Torquato destaca ainda que as ações voltadas para reconhecer e incentivar segmentos que são vocações inegáveis do RN, como energias renováveis, também favorecem a geração de empregos. “Isso favorece o desenvolvimento de empreendimentos em áreas como energia eólica e fotovoltaica, que também significam novos postos de trabalho diretos e indiretos”.

O economista Aldemir Freire, diretor de Planejamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), afirma que a expectativa por um ano de recordes de empregos se justifica pelos resultados obtidos até aqui, aliado a outros fatores cultivados no estado.

“O segundo semestre é sempre melhor que o primeiro, e continuaremos gerando emprego pelo menos até novembro e dezembro. Além disso, você tem outro fator que está surgindo mais recentemente, por exemplo, que são os investimentos do Governo do Estado na área de recuperação de estradas, que também dá um ‘boom’ de geração de emprego na construção civil, sendo que boa parte desse serviço está acontecendo no interior do estado, levando emprego e renda para essas regiões. Então, o mercado de trabalho do Rio Grande do Norte está bastante aquecido, e a nossa perspectiva é que este aquecimento se prolongue pelos próximos meses”, destaca Aldemir Freire.

MERCADO AQUECIDO

Para explicar os motivos do bom momento que vivemos, Aldemir Freire destaca todo o ambiente criado em torno do desenvolvimento econômico. E lembra que, creditar a geração de empregos à manutenção da alíquota de 18% do ICMS é um equívoco. “Temos um mercado que está aquecido no Brasil, então não é só o Rio Grande do Norte que está crescendo, o mercado brasileiro e o mercado nordestino estão bastante aquecidos. Isso aconteceria se o Rio Grande do Norte fosse a exceção, se tivesse um crescimento do emprego e os outros estados não, mas não é isso”, afirma Freire, completando com o que ele acredita serem os puxadores do aumento de emprego: “você tem hoje um contexto da economia brasileira de inflação baixa, aumento da renda, aumento do consumo e investimentos públicos, é o que está puxando esse mercado de trabalho.”

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, ao cumprir agenda oficial no Rio Grande do Norte, quinta-feira (29), informou que os dados do Caged colocam o RN no melhor resultado do Brasil para o mês de julho. “Com mais de 5.500 empregos, o Rio Grande do Norte se destacou proporcionalmente como o maior volume de empregos dos estados brasileiros na proporção da população”, comentou o ministro.

Ele lembrou que, de todos os empregos gerados no país, a maioria tem abrigado beneficiários de programas sociais do Governo Federal. “Nós estamos alcançando 1,5 milhão de empregos no Brasil, e quando a gente olha os números deste ano, dos empregos que estão surgindo, 75% quem está indo atrás é o povo do Bolsa Família, do Cadastro Único. No ano passado o porcentual foi de 71% e esse ano já ampliou, mostrando que estamos no caminho certo”, completa Wellington Dias.

CAGED – Julho de 2024

Postos de empregos celetistas criados em julho: 5.774

Distribuição por grupamentos econômicos

Indústria: 1.695

Serviços: 1.671

Agropecuária: 1.477

Construção: 565

Comércio: 366

Estoque de emprego celetista no RN: 520.823

Saldo acumulado em 2024: 18.902

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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