Zurich recebe pedido para voo charter da Polônia para o RN

Voos charters são aqueles que não seguem um horário ou rota regular como os voos comerciais tradicionais

A Zurich Airport confirmou que recebeu solicitação da companhia aérea LOT, referente a voos charters, vindo da cidade Okecie, distrito de Varsóvia, na Polônia. A previsão é de que a nova rota aérea, no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, comece em janeiro e siga até março de 2025. A informação foi confirmada pela Zurich Airport, operadora do equipamento, por meio de nota.

Os voos charters, a que a nota se refere, são aqueles que não seguem um horário ou rota regular como os voos comerciais tradicionais. Em vez disso, uma empresa ou grupo de pessoas aluga uma aeronave para uma viagem específica. Questionada pela reportagem sobre o atual ponto das tratativas para a chegada de passageiros da Polônia, expectativas para aumento no fluxo de passageiros e continuidade da operação, a Zurich não respondeu e disse que vai se pronunciaria apenas por meio da nota.

A possibilidade de nova rota pode fortalecer o turismo e trazer incremento para a economia do Rio Grande do Norte. É o que apontam representantes do setor produtivo, para os quais a chegada dos voos pode promover a imagem do Estado como destino e ampliar a permanência dos turistas internacionais no RN.

Enquanto mais detalhes ainda são aguardados, a ampliação da demanda por hospedagem, gastronomia, transporte, e atividades culturais estão entre os resultados apontados pelo presidente da Fecomércio/RN, Marcelo Queiroz, caso os voos sejam confirmados para o período da alta temporada. Aliado a isso, o cenário tem potencial de fortalecer a imagem de Natal como destino turístico e reforça a necessidade de investimentos na promoção e no desenvolvimento de novos atrativos para o Estado.

“A abertura desse novo mercado internacional é um marco importante para o desenvolvimento econômico do estado. Com a operação desses voos, esperamos um aumento significativo no fluxo de turistas europeus, que naturalmente impactará positivamente o setor de comércio, bens e serviços”, afirma o presidente da Fecomércio/RN.

Para o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Estado (Abav-RN), Antônio Neto, caso efetivada, a operação entre São Gonçalo do Amarante e a cidade polonesa vai beneficiar tanto o turismo potiguar receptivo quanto o emissivo. Isso porque a chegada de voos vai impactar diretamente o setor da hotelaria, enquanto o retorno dessas transações pode oferecer novas oportunidades de destino para os potiguares.

O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Rio Grande do Norte (SHRBS-RN), Habib Chalita, repercute uma visão semelhante. Uma vez que a solicitação da LOT seja concretizada, afirma, a expectativa é que toda a cadeia do turismo seja beneficiada. Embora seja necessário conhecer mais detalhes sobre a operação, ele lembra que o turista internacional gasta mais que o nacional. “Nós temos a informação como positiva, no geral, principalmente em um momento de baixa no turismo”, diz.

Abdon Gosson, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), esclarece que pelo menos 200 passageiros deverão vir ao Estado por meio do novo voo, aquecendo toda a cadeia turística com uma moeda valorizada, o euro. Ele reforça, ainda, que os resultados devem ser vistos não apenas em Natal, mas em outras cidades como São Miguel do Gostoso e Tibau do Sul, esta última tendo a praia de Pipa como principal atração. “Nós temos todo o equipamento para receber esses turistas”, aponta.

A titular da Secretaria de Turismo do Estado (Setur/RN), Solange Portela, também recebe a possibilidade de nova rota com entusiasmo. “Os voos charters têm essa característica: ele vem e volta dentro daquele período pré-determinado e vai ser muito positivo. É um mercado novo que estaremos alcançando e haverá um incremento para nossa economia, com aumento da permanência de turistas internacionais nos nossos meios de hospedagem, movimentando a gastronomia e fortalecendo a cadeia do turismo”, acredita.

Tribuna do Norte.