Defesa do artista esclareceu que sua conexão com as empresas sob investigação se limita ao uso de imagem e à venda de uma aeronave

Post Images
Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO.

O cantor Gusttavo Lima retornou ao Brasil após ter o pedido de prisão revogado em decorrência de investigações relacionadas à Operação Integration. O artista lança nesta quarta-feira (25) o projeto acústico “In Greece”, gravado em um barco na região grega de Mykonos, onde comemorou o aniversário de 35 anos. A viagem despertou o interesse das autoridades, que apuram casos de lavagem de dinheiro vinculados a jogos ilegais. Entre os convidados de sua festa de aniversário estavam os donos da empresa de apostas Vai de bet, José André e Aislla, investigados pela Operação Integration, a mesma da influencer Deolane Bezerra.

O casal usou a mesma aeronave que transportou Gusttavo para a Grécia e que fez na ida o trecho Goiânia-Atenas-Kavala e na volta, Kavala-Atenas-Ilhas Canárias-Goiânia. “Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, disse a juíza Andrea Calado da Cruz na decisão que levou ao pedido de prisão do cantor.

A defesa do artista esclareceu que sua conexão com as empresas sob investigação se limita ao uso de imagem e à venda de uma aeronave, todas as transações realizadas dentro da legalidade. Além disso, a equipe jurídica de Gusttavo Lima está avaliando possíveis ações para reparar a imagem do cantor, que foi afetada pelas recentes notícias. “Gusttavo Lima tem e sempre teve uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs. Oportunamente, medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem”, comentou a defesa do cantor em comunicado.

Saiba mais sobre o caso

Um avião que era de Gusttavo Lima já havia sido apreendido. No último dia 4, uma aeronave foi apreendida, em Jundiaí, interior de São Paulo, durante a Operação Integration, comandada pela Polícia Civil de Pernambuco, que investiga lavagem de dinheiro por meio de jogos ilegais. O avião apreendido estava registrado no nome da empresa Balada Eventos, que pertence a cantor Gusttavo Lima. O avião, porém, é operado pela empresa JMJ Participações. O proprietário da JMJ é José André da Rocha Neto, também dono da Vai de Bet, que até junho era patrocinadora master do Corinthians.

A assessoria do sertanejo afirmou que o avião foi vendido para a JMJ, mas disse que o registro ainda consta em nome da empresa de Gusttavo Lima enquanto aguardam a documentação sair. A Vai de Bet, registrada em Curaçao (onde muitas empresas de apostas esportivas mantêm sede), tem Gusttavo Lima como patrocinador oficial e garoto-propaganda. Quando o avião foi apreendido, a empresa informou, em nota, que acompanha a operação e diz se colocar à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que forem solicitados quanto à atuação da empresa e de seus sócios.

Jovem Pan.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

Faça Login ou Cadastre-se no site para comentar essa publicação.

0 Comentários