Nove tripulantes estavam no navio durante o naufrágio que aconteceu próximo à Ilha de Itamaracá, no Grande Recife

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Foto: Reprodução.

Pelo menos dois potiguares estavam no navio de carga que naufragou na noite de domingo (15) próximo à Ilha de Itamaracá, no Grande Recife, em Pernambuco. A embarcação havia saído com nove tripulantes.

Em nota no fim da tarde desta quinta-feira (16), a Marinha do Brasil confirmou que quatro tripulantes foram resgatados com vida - como havia informado pela manhã - e atualizou que quatro dos cinco tripulantes que estavam desaparecidos morreram. Um outro seguia desaparecido.

Os potiguares que estavam no navio são:

  • Edriano Gomes de Miranda, de 48 anos, comandante da embarcação
  • Antônio Rafael Bezerra, de 64 anos, cozinheiro da embarcação

A Marinha do Brasil confirmou que os dois potiguares não estavam entre as pessoas resgatadas com vida, mas não informou se eles morreram ou se algum deles é tido como desaparecido.

Edriano Gomes de Miranda é natural de Rio do Fogo, no litoral Norte potiguar, e era o comandante da embarcação que saiu de Recife em direção à Fernando de Noronha.

Antônio Rafael Bezerra, natural de Ceará-Mirim, na Grande Natal, trabalha há pelo menos três anos como cozinheiro da embarcação e costumava fazer esse trajeto pelo menos duas vezes por mês, segundo a família.

Naufrágio

O navio de carga Concórdia naufragou a caminho de Fernando de Noronha na noite do domingo (15). Segundo o dono da embarcação, Antônio Gonçalves, o navio afundou nas proximidades da Ilha de Itamaracá, no Grande Recife.

A tripulação era formada por nove pessoas e as primeiras informações divulgadas pela Marinha do Brasil são de que quatro pessoas foram resgatadas com vida e cinco permaneciam desaparecidas.

Um alerta foi emitido nos grupos de navegadores para facilitar a busca dos tripulantes. A embarcação partiu do Recife no sábado (14).

“O barco saiu no sábado, estava quase no meio do caminho. A carga soltou e a tripulação resolveu retornar para o Recife. O barco pode transportar até 180 toneladas e estada cheio”, contou o dono do barco, Antônio Gonçalves, ao g1.

Antônio Gonçalves disse que o navio transportava material de construção e alimentos. “Os porões estavam com materiais para abastecer os mercados da ilha, além de material de construção. O movimento em Noronha melhorou, o prejuízo é grande”, declarou Antônio.

A rota entre o Recife e Fernando de Noronha tem 545 quilômetros. Os navios que abastecem a ilha levam cerca de 48 horas no percurso.

O g1 entrou em contato com a Marinha do Brasil, que informou que o navio saiu do Porto do Recife e que tomou conhecimento do naufrágio na noite de domingo (15).

Segundo a autoridade marítima, o Concórdia estava a aproximadamente 8,5 milhas náuticas (cerca de 15 quilômetros) da praia de Ponta de Pedras, no município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.

"Quatro tripulantes que se encontravam a bordo foram resgatados pelo Navio Rebocador de Alto Mar 'Cormoran' e estão em bom estado de saúde. Outros cinco tripulantes seguem desaparecidos", diz o comunicado da Marinha divulgado nesta segunda.

Ainda segundo a Marinha, foi acionada a estrutura do Salvamar Nordeste, que está coordenando a operação de busca e salvamento no litoral pernambucano, com o Navio-Patrulha (NPa) Macau, subordinado ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste, e com a Aeronave H36 da Força Aérea Brasileira.

A Marinha também emitiu um comunicado de "Aviso aos Navegantes" para a comunidade marítima, para "ampliar a divulgação sobre o ocorrido e alertar as embarcações que estejam navegando em áreas próximas do ocorrido para apoiar nas buscas".

G1 RN.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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