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Thiago Almeida Paula, de 37 anos, morreu na queda do avião da Voepass no dia 9 de agosto
Familiares do representante comercial Thiago Almeida de Paula, de 37 anos, que morreu na queda do avião da VoePass, na cidade de Vinhedo, no interior de SP, na última sexta-feira (9), se despediram dele com homenagens, nesta quinta-feira (15). O sepultamento aconteceu em um cemitério Mossoró, onde ele morava.
O corpo chegou à cidade do Oeste potiguar nesta quarta-feira (14) e foi velado em uma igreja evangélica frequentada por Thiago, no bairro Doze Anos.
Na manhã desta quinta, o pastor da igreja realizou uma breve cerimônia, com pedidos de orações e palavras de conforto. Por volta das 8h30, o caixão com o corpo de Thiago foi levado de carro até o cemitério.
Na chegada, a esposa, a mãe e os filhos carregaram uma faixa em homenagem a ele. Na despedida, houve aplausos e emoção de familiares e amigos.
Foram entregues flores brancas e deixadas várias coroas de flores no local, em demonstração de carinho a Thiago. Mãe do representante comercial, Lúcia Almeida lembrou da alegria do filho.
"Aquele sorriso dele, ninguém tirava. Um filho espetacular. Ele era muito carismático", lembra.
Viúva de Thiago, Fernanda Góis disse que vive o momento mais difícil de sua vida, com a partida do seu companheiro.
"A única coisa que eu posso dizer é que eu agradeço muito a Deus pelo tempo que Thiago passou comigo, pelo pai que ele foi, o esposo, o filho. Thiago era um homem exemplar e eu estou pedindo muito força a Deus para seguir. Nós não vamos ter ele fisicamente, mas ele sempre vai estar aqui com a gente", declarou.
Natural de Fortaleza, Thiago Almeida chegou há mais de 20 anos em Mossoró e atuava como representante comercial na área de materiais de construção, madeiras e ferragens. Ele tinha viajado ao Paraná para participar de uma convenção de vendedores.
Thiago deixa dois filhos – um jovem de 18 anos e uma menina de 9 – além da esposa.
Outro morador do RN também morreu no acidente
Outro morador do Rio Grande do Norte que morreu no acidente foi Constantino Thé Maia, de 50 anos de idade. Ele também era representante comercial e retornava ao estado após participar de uma convenção no Paraná. Natural de Pernambuco, ele morava em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.
Tino, como era mais conhecido pela família, teve o nome confirmado entre as vítimas do acidente pela Voepass apenas no dia seguinte à queda do avião, no sábado (10). A confirmação fez o número de vítimas subir de 61 para 62.
Segundo a família de Constantino, a morte dele só foi confirmada quando parentes do representante comercial já estavam em São Paulo em busca de informações - cerca de 18 horas depois do acidente.
Os familiares contaram que a empresa chegou a ligar para o filho de Tino, de 16 anos, e a mãe dele, de 80, para confirmar se ele estava naquele voo. Constantino deixou esposa e dois filhos.
A queda
De acordo com a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, companhia aérea dona da aeronave, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72, que saiu de Cascavel (PR) às 11h58 com destino a Guarulhos (SP).
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. "A perda do contato radar ocorreu às 13h22".
A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições. O Cenipa, órgão da aeronáutica responsável pela investigação do acidente, disse em coletiva que ainda é prematuro apontar as causas do acidente.
A Anac informou que a aeronave se encontrava em condição regular para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos, além dos tripulantes com documentação em dia.
"O voo contava com quatro tripulantes a bordo no momento do acidente e todos estavam devidamente licenciados e com as habilitações válidas", disse a Anac.
Segundo o secretário de Segurança de Vinhedo, Osmir Cruz, a aeronave caiu próximo de uma residência com moradores dentro, mas nenhuma pessoa em solo ficou ferida.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e disse que vai monitorar "a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, bem como adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e dos tripulantes".
A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o acidente.
G1 RN.
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