Diretor do hospital explicou que há um aumento da demanda de pacientes da ortopedia em horários de pico no trânsito em Natal

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Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução.

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, a maior unidade pública de saúde do Rio Grande do Norte, ficou superlotado na noite desta segunda-feira (24), o que fez pacientes esperarem por atendimento nos corredores do prédio. O pronto-socorro Clóvis Sarinho também funciona na unidade.

Com a superlotação, alguns desses pacientes nos corredores precisaram usar as macas das ambulâncias, o que manteve pelo menos 14 veículos retidos no estacionamento. As ambulâncias só deixam as unidades de saúde com as macas de volta aos veículos para novos atendimentos.

De acordo com o diretor do hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Geraldo Neto, a demanda, principalmente para atendimentos de ortopedia, aumenta em alguns momentos do dia, como os períodos com trânsito mais intenso em Natal, entre 17h e 19h.

"O Rio Grande do Norte já acompanha esse movimento do Walfredo, porque de fato é a grande referência em trauma no estado. Então, não tem como não esperar grandes movimentos no pronto-socorro, não tem como não esperar grandes movimentos de ambulância circulando e, em certos momentos, travando", explicou.

"Principalmente a questão dos momentos de pico, como no final do dia, entre 17h e 19h. O trânsito começa a se movimentar na capital, que é algo que é de conhecimento de todo mundo. E naturalmente os acidentes acabam acontecendo mais", pontuou.

Pacientes reclamam de demora no atendimento

A pemanência de ambulâncias na unidade, no entanto, prejudicou o atendimento nas ruas. A dona de casa Fernanda Alves contou que o marido dela sofreu um acidente de moto em Nova Parnamirim, na Grande Natal, e houve uma demora de pelo menos 2h30 para ser atendido.

"O acidente aconteceu às 15h30. O socorro não chegou no local. Eu cheguei aqui [no hospital] às 18h e o Samu não tinha chegado no local ainda", lamentou. "O raio-x, beleza, a fila é de boa. Mas quando vai para a fila do médico já era", disse.

A técnico em enfermagem Ana Patrícia Silva chegou à unidade com uma criança de 4 anos de idade com suspeita de fratura no braço. Ela saiu da cidade de Lagoa de Velhos para ser atendida.

"Passamos pela pediatria, que solicitou um raio-x. Quando voltou do raio-x, que seria pra criança voltar para a ortopedia, não aceitaram. A criança foi pra um corredor lotado pra ser atendida", lamentou.

Período de 'preparo', diz diretor do hospital

O diretor explicou também que os pacientes precisam passar por um período de "preparo" para a realização das cirurgias, o que contribui para a permanência por mais tempo na unidade.

Segundo Geraldo Neto, os pacientes passam por um primeiro atendimento, depois há os exames laboratoriais para apenas aí ser apresentado ao médico.

"Ele precisa passar de 24h a 48h de tempo de preparo. Fazer os exames laboratoriais, risco cirúrgico, o eco, pra gente dar um destino a ele. Que ele pode ser operado aqui ou ele pode ser operado em outros serviços", explicou.

G1 RN.

Jornalista | Palestrante | Assessora de Comunicação | Consultora em Gestão de Crise de Comunicação | Apresentadora de rádio e televisão.

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