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Presidente americano estava sendo pressionado para retirar candidatura devido sua idade e fraco desempenho no debate de 24 de junho
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo, 21, que vai retirar sua candidatura à reeleição de 2024.
Em uma publicação nas redes sociais, Biden afirmou que “embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país que eu me ‘demita’ e me concentre exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu mandato”.
No comunicado, Biden afirmou ainda que dará mais detalhes sobre sua decisão nesta semana.
“Por enquanto, deixe-me expressar minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tanto para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todo este trabalho. E deixe-me expressar o meu sincero agradecimento ao povo americano pela fé e confiança que depositou em mim”, diz a nota.
No comunicado, o presidente americano ressalta os progressos do seu mandato. “A América nunca esteve melhor posicionada para liderar do que estamos hoje”, escreveu.
Biden era pressionado para desistir
Aos 81 anos, Biden estava sendo pressionado por democratas para retirar sua candidatura desde o péssimo desempenho no debate de 27 de junho, contra o candidato republicano Donald Trump, quando se mostrou hesitante, confuso e com dificuldades para falar. Mais tarde, o atentado contra Trump aumentou a sensação nos democratas de que Biden não conseguirá se reeleger.
Dias depois, ele levantou novas preocupações em uma entrevista em que ignorou as preocupações dos democratas e uma desvantagem crescente nas pesquisas e disse que não teria problema em perder para Trump se soubesse que “deu tudo de mim”.
As suas gafes numa cúpula da NATO — quando citou o nome do presidente russo Vladimir Putin quando se referia ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e chamou Kamala de “vice-presidente Trump” — alimentaram ainda mais a ansiedade.
Na semana passada, Biden foi diagnosticado com Covid-19 pela terceira vez, forçando-o a interromper uma viagem de campanha a Las Vegas. Mais de um em cada dez congressistas democratas pediu publicamente que ele desistisse da disputa.
A ação histórica de Biden — o primeiro presidente em exercício a desistir da nomeação do seu partido para a reeleição desde o presidente Lyndon Johnson, em março de 1968 — deixa o seu substituto com menos de quatro meses para fazer campanha.
* Com informações da Reuters e Isto É.
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